Presidente americano declara o fim de um dos conflitos mais longos da região em cerimônia carregada de emoção no Knesset, marcando o retorno dos 20 cativos restantes após 738 dias.
Jerusalém, Israel – Em um dia que será gravado nos anais da história do Oriente Médio, o presidente dos EUA, Donald Trump, proclamou um "novo amanhecer" para a região. Diante de um Knesset (Parlamento israelense) lotado e em meio a uma ovação de pé, Trump celebrou o fim da guerra iniciada em 7 de outubro de 2023 e a libertação dos últimos 20 reféns israelenses mantidos em cativeiro pelo Hamas por 738 dias.
A visita, que culmina a primeira fase de um complexo acordo de paz, transformou a capital israelense em um palco de alívio, celebração e esperança. "Contra todas as probabilidades, fizemos o impossível e trouxemos nossos reféns de volta para casa", declarou Trump em um discurso monumental. "Este é um dia histórico, o fim de uma era de mortes e terror."
"Os Céus Estão Calmos"
Com um tom que mesclou triunfo e solenidade, Trump exaltou o significado do momento, fazendo referências à fé e à resiliência do povo israelense.
“Nos reunimos em um dia de profunda alegria, de esperança crescente e, acima de tudo, um dia para dar nossos mais profundos agradecimentos ao Deus Todo-Poderoso de Abraão, Isaque e Jacó”, afirmou o presidente, sendo aplaudido com fervor, especialmente por parlamentares religiosos.
“Após tantos anos de guerra incessante, hoje os céus estão calmos, as armas silenciadas, e o sol nasce em uma Terra Santa que finalmente está em paz”, disse Trump. “Uma terra que viverá, se Deus quiser, em paz por toda a eternidade.”
"Este é o nascimento de um novo Oriente Médio, onde a paz deve florescer sob o olhar de Deus." - Donald Trump, Presidente dos EUA
Netanyahu: "O Maior Amigo na Casa Branca"
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que recepcionou Trump no Aeroporto Ben Gurion sob um forte esquema de segurança, não poupou elogios ao líder americano, descrevendo-o como “o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”.
Em seu discurso, Netanyahu relembrou o apoio crucial de Trump em momentos decisivos, como o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel e o suporte nas operações contra o Irã. "Em nossos momentos mais escuros, pedimos a Deus que nos mostrasse um caminho – e ele o fez através de nossos amigos", disse, apontando para Trump. "Seu nome estará para sempre gravado na história do nosso povo."
A cerimônia no Knesset foi um raro momento de unidade nacional, com bandeiras de Israel e dos EUA adornando o plenário e parlamentares de diferentes partidos unidos em cânticos e aplausos.
O Próximo Passo: A Cúpula da Paz no Egito
A agenda de Trump continua com um objetivo ainda mais ambicioso. Após seu discurso em Jerusalém, o presidente seguiu para Sharm el-Sheikh, no Egito, onde liderará uma cúpula internacional para formalizar o fim da guerra e traçar o futuro da região.
O encontro, co-liderado pelo presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi, contará com a presença de mais de 20 líderes globais, incluindo Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido) e Recep Tayyip Erdogan (Turquia).
O plano de paz a ser assinado estabelece as próximas etapas críticas:
Segurança: A criação de uma força de segurança palestina com apoio de nações árabes.
Desmilitarização: O desarmamento completo do Hamas.
Reconstrução: Um fundo internacional para a reconstrução de Gaza.
Supervisão: O processo será monitorado por Donald Trump e pelo ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair.
Este acordo representa a esperança de encerrar um ciclo de violência e iniciar um capítulo de estabilidade e cooperação sem precedentes no Oriente Médio.
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