Irmão de Lula na Mira da CPMI: Votação Define Hoje Convocação de Frei Chico por Suspeita de Lobby no INSS


Requerimento do senador Magno Malta coloca Luiz Inácio da Silva, o Frei Chico, no centro de investigações sobre uma dívida de R$ 2 bilhões de empresa privada com a Previdência Social; sessão desta quinta-feira será decisiva.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se prepara para um de seus momentos mais politicamente sensíveis. Está na pauta de votação desta quinta-feira, 16, um requerimento que pede a convocação de Luiz Inácio da Silva, mais conhecido como Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo é que ele preste esclarecimentos sobre sua suposta atuação como lobista para impedir a cobrança de uma dívida bilionária com a Previdência.

A convocação foi solicitada pelo senador Magno Malta (PL-ES), que aponta para a necessidade de investigar a suspeita de tráfico de influência no coração do sistema previdenciário brasileiro. O caso gira em torno da empresa Consignum, que oferece crédito consignado e acumula uma dívida de aproximadamente R$ 2 bilhões com o INSS.

De acordo com as denúncias que motivaram o pedido, Frei Chico teria atuado nos bastidores para intervir junto à diretoria do INSS, buscando evitar que a autarquia executasse a cobrança da dívida e retomasse um contrato com a empresa. Para o senador Magno Malta, a presença do irmão do presidente nesse contexto levanta sérias questões sobre o uso de prestígio político para favorecer interesses privados em detrimento do erário público.

"A participação do irmão do presidente da República como intermediário de uma empresa com uma dívida tão expressiva com a Previdência acende um alerta máximo", afirmou o senador no requerimento. "É imperativo que esta comissão esclareça se houve ou não interferência indevida e qual foi exatamente o papel de Frei Chico nessas negociações."

Caso a convocação seja aprovada pela maioria dos membros da CPMI, Frei Chico será legalmente obrigado a comparecer e a depor sob juramento. A votação de hoje é vista como um teste de força para a base governista, que pode tentar barrar o requerimento para evitar o desgaste político de ter um familiar direto do presidente depondo em uma investigação sobre irregularidades e lobby. O resultado definirá os próximos passos de um dos braços mais importantes da investigação da comissão.

(Com informações da Revista Oeste)

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