Os condenados são Hessamuddin Mohammad Junaidi, Abolfazl Ahmadzadeh-Khajani, Morteza Faghanpour-Saasi e outros dois cristãos cujas identidades não foram reveladas.
Histórico de Pressão e Acusações
A trajetória do grupo começou com a prisão em junho de 2024 nas cidades de Varamin e Pishva. Eles foram levados para a Prisão de Evin, conhecida por abrigar presos políticos e religiosos. Durante o processo, há relatos de que os detidos foram pressionados a renunciar à fé cristã em troca de penas mais leves. Um dos condenados, Morteza Faghanpour-Saasi, teria sido submetido a tortura física durante o interrogatório.
As sentenças, proferidas em julho de 2025, são severas: sete anos e meio de prisão por “atividade de propaganda contrária à lei islâmica com conexões no exterior” e mais sete meses por “propaganda contra o sistema”. Morteza recebeu uma pena adicional de 17 meses por supostas ofensas ao Líder Supremo do Irã nas redes sociais.
Um Padrão de Perseguição
Esta decisão não é um fato isolado. O caso estaria relacionado a uma reunião virtual com um líder cristão iraniano no exterior, cujas declarações foram consideradas ofensivas pela República Islâmica. Agora, os cinco cristãos deverão comparecer novamente à Justiça em outubro para responder a uma nova acusação: “insultar valores sagrados do islã”.
A negativa do recurso ocorre poucas semanas após o Supremo Tribunal do Irã negar um novo julgamento a Mehran Shamloui, outro cristão convertido, condenado a 10 anos de prisão por participar de uma igreja doméstica.
O Irã ocupa a 9ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, ranking elaborado pela Missão Portas Abertas. Organizações de direitos humanos alertam que cristãos de língua farsi, especialmente os convertidos, são frequentemente rotulados como “apóstatas” e inimigos do Estado, enfrentando acusações de ameaça à segurança nacional simplesmente por exercerem sua fé.
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