No cenário nacional, o governo empatou tecnicamente com a desaprovação pela primeira vez em 2025, que registrou 49%. No entanto, a análise por segmentos mostra um Brasil dividido, especialmente no campo religioso.
O Abismo Entre Católicos e Evangélicos
A divisão na avaliação do governo entre os dois maiores grupos religiosos do país se aprofundou. Os dados de outubro mostram que:
Evangélicos: A rejeição ao governo Lula subiu de 61% para 63%. Apenas 34% deste grupo dizem aprovar a gestão.
Católicos: Na contramão, a aprovação entre os católicos cresceu três pontos percentuais, chegando a 54%, enquanto 44% reprovam o trabalho do presidente.
Melhora na Renda e Cenário Regional
Dois fatores parecem ter impulsionado a melhora nos índices gerais de aprovação do governo. Um deles é o avanço entre a população de maior poder aquisitivo. A aprovação entre eleitores com renda familiar acima de cinco salários mínimos saltou de 37% para 45% em um mês. Analistas atribuem essa melhora a fatores como a nova isenção do Imposto de Renda e o recente telefonema entre Lula e o ex-presidente americano Donald Trump.
O mapa da aprovação regional, no entanto, continua desigual:
Nordeste: Segue como o principal pilar de apoio, com 62% de aprovação contra 36% de desaprovação.
Sudeste: O cenário ainda é desfavorável, mas melhorou: a desaprovação caiu de 55% para 52%, e a aprovação subiu de 41% para 44%.
Norte/Centro-Oeste: Foi a única região onde os números pioraram para o governo, com a rejeição subindo de 52% para 55%.
Metodologia: A pesquisa Genial/Quaest ouviu 2.004 pessoas em entrevistas presenciais domiciliares, entre os dias 2 e 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
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