Trump Emite Ultimato ao Hamas por Execuções em Gaza


O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou drasticamente o tom em relação ao Hamas na quinta-feira (16), emitindo um ultimato severo ao grupo para que interrompa imediatamente as execuções de civis na Faixa de Gaza. A declaração, feita na plataforma Truth Social, condiciona a continuidade do frágil cessar-fogo com Israel ao fim imediato da violência interna.

Em sua publicação, Trump foi explícito ao afirmar que os assassinatos de pessoas em Gaza "não era parte do acordo" de trégua mediado pelos EUA. O presidente sinalizou uma possível ação militar americana caso a repressão continue, escrevendo: "Se o Hamas continuar a matar pessoas em Gaza, o que não era o acordo, não teremos escolha a não ser entrar e matá-los."

A manifestação presidencial ocorre em meio à crescente pressão internacional para que o Hamas suspenda as execuções sumárias de palestinos na Faixa de Gaza. Recentemente, vídeos gráficos de assassinatos públicos de supostos "colaboradores" de Israel provocaram condenação global.

No dia anterior (15), o Comando Central das Forças Armadas dos EUA (CENTCOM), chefiado pelo Almirante Brad Cooper, havia divulgado um comunicado urgente demandando o fim imediato da violência. O apelo do CENTCOM foi feito no contexto de uma mobilização de "milhares de homens armados" do Hamas, visando reafirmar seu controle sobre a Faixa durante o período de cessar-fogo.

No comunicado, o Almirante Cooper exortou o grupo: "Nós fortemente urgimos o Hamas a suspender imediatamente a violência e os tiros contra civis palestinos inocentes em Gaza — tanto nas partes de Gaza controladas pelo Hamas quanto naquelas garantidas pelo IDF [Forças de Defesa de Israel] atrás da Linha Amarela."

O Almirante Cooper vinculou a desmobilização do Hamas às diretrizes diretas do presidente, reafirmando a ordem para que o grupo "imediatamente desarme e ceda seu poder sobre a Faixa de Gaza", pontos que, segundo o comunicado do CENTCOM, têm sido rejeitados pelo grupo. Cooper classificou o momento como uma "oportunidade histórica para a paz", exigindo que o Hamas adira "estritamente ao plano de paz de 20 pontos do presidente Trump e desarme-se sem demora."

O "Plano de Paz de 20 Pontos" de Trump, assinado recentemente no Egito com mediadores regionais, prevê, entre outros termos, que Gaza se torne uma "zona livre de terrorismo e desradicalizada" e que os membros do Hamas que se comprometerem com a coexistência pacífica e entregarem suas armas recebam anistia, ou, em alguns casos, passagem segura para outros países.

A escalada da retórica de Trump também incluiu comentários anteriores sobre a repressão do Hamas. Ao ser questionado sobre um vídeo viral que exibia execuções, o presidente minimizou o impacto pessoal, declarando: "Aquilo não me incomodou muito, para ser honesto com você. Tudo bem." Ele ainda comparou o Hamas a organizações criminosas internacionais, afirmando: "É um par de gangues muito ruins. Não é diferente de outros países como a Venezuela [que têm] enviado suas gangues para [os EUA]".

Ao ser questionado por repórteres sobre a exigência de desarmamento — um pilar do seu plano de paz —, Trump emitiu uma clara advertência sobre a possibilidade de uso da força militar dos EUA: "Eles vão se desarmar, porque disseram que iriam se desarmar. E se eles não se desarmarem, nós vamos desarmá-los," declarou, encerrando com um aviso sucinto: "Eles sabem que não estou para brincadeiras."

O ultimato do presidente americano coloca o futuro do cessar-fogo em risco e sinaliza uma possível intervenção militar direta dos EUA no território de Gaza, caso o Hamas continue a desafiar os termos do acordo de paz por meio da violência interna.


Fonte: Truth Social

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