As Três Vias para os Cristãos:
O editorial do Estado Islâmico delineou um ciclo de violência que só pode ser interrompido, segundo eles, pela submissão total ao Islã radical. As ameaças confirmam a natureza intencionalmente religiosa e persecutória dos ataques na África.
Os cristãos africanos foram notificados de que, se desejam "permanecer seguros e escapar do ciclo de matança", devem escolher uma das seguintes opções:
Conversão ao Islã: Tornar-se "irmãos na fé com os mesmos direitos e deveres" dos extremistas.
Pagamento da Jizya: Pagar um imposto historicamente imposto a minorias religiosas (dhimmi) em sociedades islâmicas, em um ato de "humilhação e submissão". Essa taxa, segundo o grupo, garantiria a preservação de seu sangue e a segurança de suas casas.
Morte e Expulsão: Se recusarem tanto o Islã quanto a jizya, serão sumariamente "mortos e expulsos de suas terras", um processo que, conforme o próprio EI aponta, já está em curso há anos.
Justificativa Teológica para a Violência:
De acordo com o MEMRI Jihad and Terrorism Threat Monitor (Monitor de Ameaças de Jihad e Terrorismo), o editorial não apenas anuncia o ultimato, mas também exalta a Jihad (guerra santa), confirmando que a motivação é teológica e estratégica.
A publicação encorajou explicitamente ataques no continente, mencionando a matança de cristãos em países como a República Democrática do Congo (RDC) e Moçambique, e foi além: incentivou simpatizantes do Estado Islâmico na Europa a cumprir o "veredicto divino" contra os cristãos na região africana.
Contexto da Perseguição na África Subsaariana:
Essa nova onda de ameaças corrobora as suspeitas de parceiros de campo da Portas Abertas, que há tempos alertam que a violência na África Subsaariana é intencionalmente dirigida contra os cristãos, visando o extermínio da igreja e a instauração de califados.
O ataque sistemático a comunidades, igrejas e líderes cristãos, especialmente nas áreas rurais, tem gerado milhões de deslocados internos. Conforme dados apurados pela Portas Abertas, centenas de milhares de cristãos têm sido forçados a deixar suas casas e comunidades por causa da violência de grupos extremistas como o EI e seus afiliados (como o ISWAP e Al-Shabaab).
O Chamado à Ação da Missão Portas Abertas:
A Portas Abertas, organização que apoia cristãos perseguidos em mais de 60 países, utiliza essas ameaças como um reforço urgente para a sua campanha Desperta África.
A campanha visa:
Quebrar o Silêncio: Chamar a atenção da comunidade internacional e das autoridades globais para a crise humanitária e religiosa que se desenrola na África Subsaariana.
Encorajamento: Mostrar aos "irmãos e irmãs" perseguidos que eles não estão sozinhos, lembrando a Igreja Global da verdade bíblica de que "nossa luta não é contra carne ou sangue" (Efésios 6:12), mas contra forças espirituais malignas.
Apoio Prático e Espiritual: Mobilizar a Igreja no Brasil e no mundo em oração e ação – o que inclui o fornecimento de ajuda emergencial, socorro pós-trauma e treinamento para líderes em meio ao conflito.
Diante do ultimato do Estado Islâmico, a necessidade de solidariedade e intercessão é máxima. A Igreja Perseguida na África, que enfrenta a ameaça de conversão forçada, exílio ou morte, depende do apoio da Igreja livre para resistir e se manter firme na fé.
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