A comunidade internacional está sendo confrontada com uma realidade brutal: a violência anticristã na Nigéria atingiu níveis "genocidas", um alarme direto soado por um bispo nigeriano no coração do poder político britânico.
O Bispo John Bakeni, da Diocese de Maiduguri, Nigéria, compareceu ao Parlamento Britânico para exigir o reconhecimento urgente dos perigos impostos pelo islamismo militante. Ele destacou que a religião não é apenas um fator, mas um motivador principal que não pode ser mais ignorado pela comunidade global.
Nigéria: O País Mais Mortal para Cristãos
Apesar de ser um país com cerca de 50% de cristãos, a Nigéria detém o trágico título de local onde mais cristãos são mortos por sua fé a cada ano. A principal ameaça vem de grupos extremistas como o Boko Haram e os Pastores Fulani Islâmicos.
Massacre em Números: A Sociedade Internacional para as Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety) estima que mais de 7.000 cristãos foram mortos na Nigéria somente neste ano.
Ataques Habituais: O Bispo Wilfred Anagbe já havia testemunhado à Câmara dos Lordes sobre a rotina de violência, alertando que os massacres de Natal se tornaram "habituais" em certas regiões.
A Dimensão Genocida da Violência
"Embora o conflito não seja apenas sobre religião, é igualmente simplista não ver a dimensão religiosa como um fator de agravamento significativo, especialmente porque igrejas, padres e outros símbolos poderosos do cristianismo são atacados, aparentemente com impunidade”, afirmou o Bispo Bakeni.
O bispo relatou o horror da escalada da violência:
Em algumas áreas, os ataques "assumiram caráter genocida", com mais de 1.000 pessoas vulneráveis mortas em uma única noite.
Em sua própria diocese (Maiduguri), mais de 200 igrejas e capelas foram danificadas pelo Boko Haram.
A inação das forças de segurança nigerianas tem sido alvo de forte crítica. Em um ataque em junho, onde militantes Fulani mataram mais de 270 pessoas em Yelewata, o Bispo Bakeni relatou que o primeiro alvo foi a igreja católica local.
Um Apelo Irrefutável
O Bispo John Bakeni fez um apelo contundente para desmascarar as tentativas de simplificar a crise como apenas um "conflito por terras" ou "mudanças climáticas".
Ele finalizou com uma declaração inegável, lembrando um dos atos mais simbólicos do extremismo: “Devemos ser corajosos e ter a coragem de afirmar nossas convicções para dizer que, embora as causas sejam complexas, as mudanças climáticas nunca sequestraram as meninas de Chibok, mataram padres ou incendiaram igrejas.”
Fonte: Christian Today

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