Com base na reportagem da Revista Oeste e em informações adicionais sobre o contexto político do estado, a pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, divulgada em 22 de outubro de 2025, revela uma disputa acirrada em Alagoas, marcada pela intensa rivalidade entre os principais grupos políticos locais, que disputam tanto o Governo quanto as duas vagas ao Senado em 2026.
A margem de erro da pesquisa é de 2,6 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%, e foram ouvidos 1.504 eleitores em 62 municípios do estado entre os dias 17 e 21 de outubro de 2025.
Cenário para o Governo de Alagoas (Disputa Principal)
O levantamento aponta um cenário de empate técnico na disputa pelo governo do estado em uma simulação entre os dois principais nomes:
| Candidato | Partido | Intenções de Voto | Posição |
| João Henrique Caldas (JHC) | PL | 46,3% | Numericamente à frente (Prefeito de Maceió, ligado a Arthur Lira) |
| Renan Filho | MDB | 42,1% | Principal adversário (Ministro dos Transportes, ligado à família Calheiros) |
| Branco/Nulo/Nenhum | - | 7,0% | - |
| Não souberam/Não quiseram opinar | - | 4,6% | - |
Contexto Político Adicional: A disputa reflete a polarização nacional e local. JHC, atual prefeito de Maceió, está filiado ao PL e representa a principal força da oposição ao grupo de Renan Calheiros em Alagoas, sendo historicamente ligado ao deputado federal Arthur Lira. Renan Filho é o herdeiro político do grupo MDB, liderado por seu pai, o senador Renan Calheiros, e atualmente ocupa uma posição estratégica no governo federal (Ministério dos Transportes).
Há especulações nos bastidores sobre a possível saída de JHC do PL e sua migração para o PSB (Partido Socialista Brasileiro) – legenda ligada ao vice-presidente Geraldo Alckmin e ao presidente Lula –, um movimento que poderia isolar Arthur Lira e influenciar a indicação de aliados a cargos federais.
Cenário para o Senado Federal (Guerra entre Gigantes)
A eleição para o Senado em 2026 terá duas vagas em disputa e é marcada pelo intenso confronto entre o grupo Calheiros e o grupo Lira, o que ficou conhecido como a "República de Alagoas" devido à influência dos políticos do estado na política nacional.
Os três primeiros colocados estão em empate técnico:
| Candidato | Partido | Intenções de Voto | Rejeição (Não votaria de jeito nenhum) |
| Renan Calheiros | MDB | 41,0% | 26,9% |
| Alfredo Gaspar | União Brasil | 36,4% | 19,1% |
| Arthur Lira | PP | 34,0% | 21,1% |
| Davi Filho | Republicanos | 24,3% | 10,7% (Menor rejeição) |
| Paulão | PT | 15,9% | 27,3% (Maior rejeição) |
| Nenhum/Branco/Nulo | - | 10,8% | - |
| Não souberam/Não opinaram | - | 5,9% | - |
Análise dos Dados:
Renan Calheiros (MDB): Senador e líder do seu grupo, busca a reeleição. Embora lidere numericamente, sua taxa de rejeição é alta (26,9%).
Arthur Lira (PP): Ex-presidente da Câmara dos Deputados e principal adversário dos Calheiros, é o terceiro colocado, também em empate técnico com os demais, e tem uma rejeição considerável (21,1%).
Alfredo Gaspar (União Brasil): Ex-deputado federal, aparece na segunda posição e está em disputa direta com Lira e Calheiros. Ele é um nome que atrai apoios de diferentes grupos.
A pesquisa reflete a "guerra" de lideranças alagoanas, que constantemente trocam farpas públicas e disputam influência em nível federal. A disputa entre Renan Calheiros e Arthur Lira é vista como uma das mais polarizadas do Brasil, e a briga pelas duas vagas do Senado será decisiva para o futuro político do estado.
Nota sobre Rejeição: A pesquisa também levantou o índice de rejeição dos candidatos ao Senado. O petista Paulão aparece com a maior taxa (27,3%), seguido por Renan Calheiros (26,9%) e Arthur Lira (21,1%). Davi Filho apresenta o menor índice de rejeição (10,7%).

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